18.1.09

Breu

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Dentro me mim a fina luz extingue-se,
O véu descai e flutua até ao chão de pedra,
Revelando um coração negro, magoado e sombrio,
Que seca mais e mais um pouco a cada batida.
Um sentimento que não busquei, nem procurei,
Que me torna vulnerável ao momento, a tudo, a todos.
Que me quebra, me revolta e me transtorna.
Que me mata aos poucos, numa dor aguda que não entendo.
Dizem ser sublime e nobre, não concordo.
Não posso concordar com a nobreza do que me enfraquece.
E não o conseguindo combater, porque se apresenta mais forte do que imaginei,
Deixo-o coabitar em mim, esperando que definhe como eu.
Eventualmente, sei que é o que acontecerá.
Mas até lá, preciso arranjar estrutura para conviver...
Conviver com este peso morto, que me impede de inspirar com facilidade.
Com esta desesperança, que só quem tem um coração teimoso conhece.

Shana Andrade

1 comentário:

Anónimo disse...

Aprendi mucho