18.12.08

Conflito

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Ele começou por lhe dizer que não. Não porque não quisesse mas porque não podia. Depois disse sim, talvez, definitivamente não, afinal não era tão definitivamente, quase de certeza, outra vez não, mas era giro se, pensando melhor preferia não arriscar, agora é que ia ser, mas... não, não queria, ela é que o levava ao sim, mas não, mas sim, mas não, mas sim, mas não.............................. .
Leva o tempo que quiseres, meu querido, enquanto eu definho no mar da tua indecisão e do teu conflito interno e morro lentamente e te observo a consumires-te em nadas e perdas de tempo. Não pares para me ver. Não sondes o que queres e não oiças o teu instinto. Não desafies o teu receio. Tapa o sol com a peneira e reveste-te de mil desculpas. Não te deixes nunca ir, meu espécime único que ainda bem que o é ou todos os melhores romances do mundo não teriam sido escritos ou tê-lo-iam sido mas como rotundos fracassos.
Leva o tempo que precisares, meu amor, e vê-me a ir... a ir e a deixar-te para trás enquanto não crias força para estalar essa redoma de vidro na qual vegetas e te recusas a aprender a viver, envolvido em tanto valor e tanto sacrifício e tanta honestidade dissimulada. Fica com o teu medo que eu levo o nosso tesão, a empatia, a diversão, a amizade, a sedução, a animação, o segredo e a mentira só nossa.
Fica que eu vou.



Shana Andrade

1 comentário:

Anónimo disse...

Adorei amiga!!

Tas lá!*